" width="676" height="963" />
" width="763" height="1093" />
" width="766" height="1092" />
" width="773" height="1106" />
VOZ DA SERRA
ANO 61 Nª 44 Chã-Preta, 16 de Julho de 2014
Fundadores: Pedro e Severino Teixeira
ASSOCIAÇÃO DE CULTURA POPULAR MESTRE PEDRO TEIXEIRA DA CHÃ-PRETA Ascumpe - CNPJ: 10.560.710/0001-20
Cultura se fortalece em Chã-Preta
EDITORIAL
São 61 anos de Voz da Serra. Em 16 de julho de 1953 os associados do Ipiranga Club de Chã-Preta (ICC), irmãos: Severino, Mauro e Clóvis Teixeira, com o Presidente de Honra do ICC, Dr.Francisco Teixeira e Pedro Teixeira, Cosme Canuto, Paulo Duarte, Padre Dimas, Senador e Monsenhor Cícero Teixeira de Vasconcelos, Holophenes Lima, Geraldo Vasconcelos, Beatriz Vasconcelos, Raul Lima, José Teodoro, Samuel Holanda, Amelita Vasconcelos e muitos outros fundaram este jornal.
Hoje renovamos os mesmos ideiais de divulgar a cultura, educação, esportes, nossa sociedade e com análise dos nossos problemas reivindicar mais desenvolvimento e bem comum.
COMUNIDADE CULTURAL NA CONFERÊNCIA NACIONAL
- Recursos do Fundo Nacional de Cultura para os Estaduais, Municipais atendendo as exigências do Sistema Nacional de Cultura (SNC) (criação de Conselho, Plano e Fundo Municipal de Cultura);
- Apoios a Sustentabilidade Cultural (folclore, música, artesanato e patrimônio cultural), Economia Criativa e produção musical; - Participação dos artistas da terra nos eventos públicos e apoio aos mestres e fazedores de cultura com Casas de Cultura;
Nossa responsabilidade coletiva pesou mais alto e de forma cidadã e constitucional a Ascumpet-Associação de Cultura Pedro Teixeira e o Ponto de Cultura com Inserção Social reuniram artistas, brincantes, fazedores de cultura e entidades como a Sociedade de Desenvolvimento Cultural e Rádio Novo Horizonte apresentando os pontos acima e outros nas etapas da Conferência Livre de Cultura de Chã-Preta que resultaram no acatamento nacional e convite do Ministério da Cultura ao delegado eleito, Ari Vasconcelos, para a 3ª Conferência Nacional de Cultura (CNC),
cujas propostas chãpretenses foram incluídas no plano cultural para os próximos 10 anos, eleitas em sua grande maioria com aproveitamento de nossos textos originais (CL 27) na íntegra ou readequadas, de forma que nos foi dada a oportunidade de contribuirmos com a Cultura de nosso Brasil, pelo Ministério da Cultura (Minc). A Cultura de Chã-Preta mantém um patamar de preservação de suas raízes e com integração a Alagoas e Brasil. Através de suas diversas manifestações, ora no Folclore, música,
literatura, artesanato e outras variantes ocupa seu lugar herdado da rica diversidade que construiu nosso território. Desde o memorável cortejo no mês de Agosto de 2011,
quando a Associação de Cultura Pedro Teixeira da Chã-Preta (Ascumpet) e seu Ponto de Cultura com Inserção Social coordenaram com as escolas municipais/estaduais de Chã-Preta e
convidados do Anel de Viçosa um desfile histórico que percorreu as ruas locais sendo mostrados todos os grupos culturais a Cultura foi impulsionada na era pós-Pedro Teixeira. Por anos consecutivos os grupos da Ascumpet/Ponto de Cultura se apresentam no Teatro de Arena em Maceió e Festivais Nacionais em Passa e Fica-RN, Água Branca, Mar Vermelho, Maceió, Viçosa, etc.
Várias premiações do Ministério da Cultura reconhecem estas iniciativas culturais bem planejadas e organizadas culminando com a outorga de Ponto de Memória à Ascumpet. Com artistas chãpretenses espaços são abertos a nível nacional e estadual, como na Teia Nacional (Encontro de Pontos de Cultura do Brasil) quando o artesanato deste Ponto de Cultura foi selecionado para expor.
A parceria com a Sociedade Civil de Desenvolvimento Cultural e Social de Chã-Preta e Rádio Comunitária Novo Horizonte amplia a divulgação, o repasse e a participação popular das iniciativas culturais.
CHÃ PRETA AO EXTREMO
Voz da Serra, um dos órgãos de comunicação apoiados pelo Ponto de Cultura de Chã-Preta contribui com o debate comunitário na busca de soluções para o êxodo que destrói nossa terra.
O êxodo juvenil, ou seja, vários jovens chãpretenses ao concluírem seus estudos, por falta de emprego e renda, saem de Chã-Preta para o Sul e Sudeste do Brasil, com a cidade de Extrema, em Minas Gerais a que mais capta “mão-de-obra” chãpretense.
Conclamamos aos políticos e empresários de Chã Preta que encontrem solução para implantarem empreendimentos que não afastem nosso povo de sua comunidade.
Algumas ações isoladas remedeiam, sem sucesso, a questão. É preciso brigar, mais pelo povo.
OS CONSELHOS MUNICIPAIS
Os Conselhos Municipais Grandes alternativas para superar obstáculos de uma comunidade e obter soluções aos problemas das cidades, com a participação transparente e conjunta do povo . (Foto: Seminário da Ascumpet Ponto de Cultura em 2013: Patrimônio Cultural).
A CONTRIBUIÇÃO DE PEDRO TEIXEIRA AO FOLCLORE
Autor: José Ari Vasconcelos Teixeira
O maior legado do mestre Pedro Teixeira de Vasconcelos foi a determinação de seu trabalho para preservar o Folclore no seu mais essencial significado, o de ser legítimo e autêntico, representando as verdadeiras manifestações populares.
Assim predeterminou sua atuação como homem folk.
Nascido às bagaceiras do engenho Bom Sucesso (1915), Povoado Chã-Preta, Viçosa-AL, Pedro Teixeira conviveu e absorveu os aboios/cantorias de vaqueiros, agricultores e rezadeiras.
Cresceu na convivência com grupos folclóricos remanescentes dos índios, negros e brancos das raízes da região, o que fez assimilar suas autenticidades e surgir sua abnegação em organizar núcleos de folguedos, com seus familiares, que já o faziam. Como professor, ainda na Chã-Preta, também formou grupos folclóricos estendendo o trabalho ao lecionar em Capela, Palmeira dos Índios e Viçosa.
Em 1960 chegou a Maceió com a missão do Governo Estadual de difundir o folclore, espelhandose em seu parente, Théo Brandão, que considerava o maior folclorista.
A contribuição de Pedro Teixeira pela preservação do folclore tornou-se universal e meritória pela constante participação dos mestres autênticos e legítimos, que ensaiavam e montavam os folguedos a seu pedido. Por isto os grupos por ele formados foram verdadeiros e autênticos.
Gerações de mestres repassavam folk aos estudantes de Alagoas contribuindo para a permanência legítima do folclore.
Também como animador, ensaiador e incentivador Mestre Pedro contribuiu em difundir pelo Brasil e o mundo as representações tradicionais/culturais do povo, abrindo portas.
Arregimentou equipes de parceiros nos órgãos públicos e comunidades que dividiam seus esforços na luta da preservação popular.
Com Ranilson França e Zé Maria Tenório Rocha fundaram e manteram a Associação dos Folguedos Populares-AL na defesa/conservação das manifestações folclóricas.
Lutou sempre pelo tradicionalismo, pois “a volta às raízes, é zelar pelas tradições e costumes tragados pela indiferença de estudiosos que se preocupam mais em mostrar teoria, do que exercer a prática.
É cuidar para não deixar que morra o folclore” dizia ele ao passar e explicar as características folclóricas, jornadas, autos, entremeios, funções, peças, vestimentas, rituais, minuciosamente, cuidadosamente, perfeitamente.
Apesar de trabalhar para incorporar à juventude o reisado, guerreiro, pastoril, baiana, quilombo, coco...
Pedro Teixeira ensinava em escolas e comunidades que o Folclore também era: “toda literatura oral, mitos, superstições, provérbios, lendas, cordel, comidas típicas, torneios, rodas, cantos, artesanato...”.
Descobria, incentivava, assimilava e orientava as manifestações folclóricas, estivessem onde estivessem nos recantos do Brasil, fazendo a miscigenação cultural.
Eram ensinamentos de pura essência, preocupado em passar tradição, difundir cultura. Sempre dizia que o Folclore não é estático, mas se tivesse de sofrer modificações do meio social, que fossem efetuadas pelo homem folk e não pelos estudiosos do assunto e que estas mudanças não poderiam afetar a pureza original.
Em 1979, ao se aposentar, mais ainda se dedicou e doou-se ao Folclore, pontificando sua luta até falecer em 2000. Como escritor editou os livros: Folclore, Dança, Música e Torneio; Andanças pelo Folclore; Gorjeios do Sabiá e Causos de Minha Terra; folhetins: Pastoril e Adivinhações, textos científicos e peças teatrais. Assim Pedro Teixeira tornou-se nome referencial no Folclore, não só como incentivador e propagador, mas contribuinte de sua manutenção.
PEDRO TEIXEIRA DE VASCONCELOS EM ATUAÇÃO COM OS GRUPOS FOLCLÓRICOS DELEGAÇÕES DO FOLCLORE DE ALAGOAS NO FESTIVAL NACIONAL DE OLÍMPIA-SÃO PAULO
HOMENAGEM DE SUA TERRA Busto do Mestre Pedro Teixeira, na Praça Narciso Vasconcelos, em Chã-Preta
NOTAS BIOGRAFICAS DO AUTOR
José de Arimatéa de Vasconcelos Teixeira (ARI), historiador, literato, comunicador.
É Agrônomo, Jornalista, Relações Públicas e Professor, com formações pela Universidade Federal de Alagoas.
Iniciou vida literária em 1978, com reportagens no jornal Voz da Serra de Chã- Preta.
Depois: Jornal de Alagoas, Gazeta, Tribuna, O Jornal e Revista Magazine Destaque. Edita boletins informativos, literários e históricos destacando-se: Discurso de Agradecimento (homenagem póstuma a Chico Teixeira) 1984, "Seu Au e D. Alzina" (folheto-1987).
Concluiu o livro "Pesquisando Chã-Preta" (ensaio histórico do município, da colonização, evoluções humana e urbana, fases históricas, administrações públicas e legislaturas).
Organizou o livro Coletânea, Uma História de Vida, de seu pai Mauro Teixeira. Possui Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Jornalismo: “O Radiojornalismo nas Rádios Religiosas de Maceió-2003”.
TCC de Relações Públicas: "Assessoria de Comunicação em órgão público-2005" (referência para graduandos de especializações em Alagoas).
TCC de Especialização pela Universidade Cidade de São Paulo e Academia Alagoana de Letras: “A supressão dos artigos nas chamadas de notícias no jornalismo impresso-2005”. Como Radialista e Jornalista profissional trabalhou nas Rádios: Progresso (91-93), Difusora (93-94), Maceió - AM (94-95) e Gazeta (95-2004).
Atualmente é repórter na Rádio Difusora AM 960.
É Gestor Cultural formado pela Comuna-MG e é co-fundador da Associação de Cultura Popular Mestre Pedro Teixeira da Chã-Preta sendo o autor do projeto desta entidade que é o atual Ponto de Cultura com Inserção Social, sendo voluntário colaborador das ações.
É locutor de eventos culturais, políticos e de cerimoniais.
Em 16 de Julho de 1953 era fundado o jornal Voz da Serra de
Chã-Preta
Aos Fundadores, bravos e comunitários chãpretenses os parabéns.
Vocês fizeram História com H maiúsculo.
Nossas homenagens.
Até dezembro de 2013 sairá edição dos 60 anos deste jornal.
Participe, envie-nos artigos, mensagens, fotos, escritos para nós.
60 ANOS VOZ DA SERRA
60 ANOS DE HISTÓRIA
Em 1953, aos 16 de Julho foi distribuído o primeiro número do jornal de Chã-Preta Voz da Serra.
Hoje já são 60 anos.
Um grupo de amigos da época, de conterrâneos em comum, de visionários fez surgir na chapada preta o primeiro jornal da terra.
Seguem fax-similes resumos destes 60 anos de vida.
A atual Associação de Cultura Popular Mestre Pedro Teixeira da Chã-Preta e seu Ponto de Cultura com Inserção Social, através dos Programas Cultura Viva e Mais Cultura do Ministério da Cultura e Secretaria Alagoana de Cultura, mantenedoras do Ponto de Cultura, parceiros do IBRAM, Instituto Brasileiro de Museus com o Ponto de Memória Pedro Teixeira irão até dezembro deste ano disponibilizar o número especial de 60 anos do Voz da Serra.
Pedimos suas contribuições em artigos, fotos, mensagens.
Enviar ao e-mail: ascumpet@bol.com.br ou ascumpet@yahoo.com.br ou nas páginas do facebook e de nosso site: http://chapretaascumpet.comunidades.net
Para comemorar este feito lançamos este número on-line protótipo do que será o impresso.
A diretoria.
ascumpet@bol.com.br
Neste 16 de Julho é lançado o Voz da Serra on-line, 60 anos.
Parcerias
Na Semana Nacional dos Museus promovida pelo IBRAM, Chã-Preta fez bonito graças a democrática visão das diretorias das Escolas Municipais José Medeiros e Amélia Vasconcelos parceiras do Centro Ponto de Memória Pedro Teixeira da ASCUMPET e do Setor de Patrimônio Cultural do Ponto de Cultura com Inserção Social de Chã-Preta, Programas Cultura Viva e Mais Cultura-SECULT-AL E MINISTÉRIO DA CULTURA.
MAURO TEIXEIRA
Um dos fundadores de Voz da Serra. 93 anos.
Foi um dos mais assíduos colaboradores.
É historiador e escritor.
PALESTRA MUSEOLÓGICA CLIQUE AQUI
CANTORES
Com o incentivo do Ponto de Cultura de Chã-Preta, nestes últimos dois anos diversos cantores de benditos, toadas, emboladas, forró e música regional lançaram CD's e têm espaços no mercado artísticos:
Cícero Serafim, Quitéria Inácio, Genis Santos, Zé Félix, Naldo, Romildo, Jorge Luís, Bakalhau, Cícero do Forró, etc, na Coletânea Agricultores Musicais-ASTRUS-BNB, Válter Vieira, Bakalhau, Mozart Sobreira, João Batista.
Pedidos de CD no Ponto de Cultura e e-mail: ascumpet@bol.com.br.
A Rádio Comunitária Novo Horizonte, 104,9 tem divulgado estes artistas.
CLUBE MUNICIPAL
Iniciativa louvável da municipalidade resgatou o patrimônio do espaço público com a reabertura do Clube Municipal de Chã-Preta.
O Ponto de Cultura colaborou nas festividades dos dias 12 e 30 de Junho com Quadrilhas Juninas, através das coordenações das diretoras Josineide Bezerra e Cícera Domingos.
Folclore na Região
Em consonância com as orientações dos Programas Cultura Viva e Mais Cultura- Ministério da Cultura-Governo Federal e apoio da Secretaria da Cultura-Governo de Alagoas o Ponto de Cultura com Inserção Social de Chã-Preta imprimiu intercâmbios com ações culturais no Vale do Paraíba tendo em Viçosa (apresentações e palestras de Côco de Roda e Quadrilhas Juninas coordenados por Poliana Teles, Ademir Silva e os diretores Josineide Bezerra, Cícera Domingos e José Márcio), Pindoba e Maceió (quadrilhas juninas, coordenadas pela Diretora de Cultura Cícera Domingos) culminando com um Concurso de Quadrilha em Chã-Preta.
Há quatro anos com o Instituto José Barros Passos-IJBP do Anel realizaram-se palestras e apresentações no que despertou àquela comunidade viçosense que se aglutinou nestas entidades e com o apoio da Prefeitura de Viçosa fizeram resgatar o Pastoril e o Côco.
Para Danilo Passos, voluntário coordenador do IJBP em audiência com o Deputado Federal e hoje Ministro dos Esportes, Aldo Rebêlo “o Ponto de Cultura de Chã-Preta foi o grande propulsor deste momento em que reacendeu a cultura local e a Secretaria de Cultura de Viçosa tem dado seu apoio aos projetos”.
O Artesanato também será introduzido.
A Pré-Conferência de Cultura terá na ASCUMPET um de seus participantes colaboradores pela cultura regional.
Acróstico a Pedro Teixeira
Poeta ilustre de Chã-Preta
Emocionou muitas pessoas
Digno de bondade
Romântico em seus poemas
Organizador dos folguedos
Trabalhador e competente
Educado em tudo que fazia
Incrível em suas ações
Xote dança preferida
Emotivo com os amigos
Impossível, de superações
Rico em sabedoria
Amigo e companheiro
Autoras: Joyce e Andressa Alunas da Escola Municipal Professor Pedro Teixeira Mês do Folclore-Agosto-2011.
Durante ações desta Escola com o Ponto de Cultura
VENCER É NÃO DESISTIR
FESTA DO DIA DAS MÃES CLIQUE AQUI
ARTESANATO
O Ponto de Cultura com Inserção Social tem feito sua parte atendendo as reivindicações das comunidades.
Através do Programa Economia Criativa e da SECULT-AL,
Ministério da Cultura e orientações do Programa de Artesanato (PBA) e SEPLANDE-AL, produção produtiva será ampliada aos artesãos e artesãs para a geração de emprego e renda destas comunidades.
CARMEN OMENA
Nossa profunda tristeza pelo falecimento da Idealizadora da ASCUMPET, orientadora, Tesoureira do 1º ano de Ponto de Cultura de Chã-Preta, Fiscalizadora, Colaboradora Voluntária de Ações e Ex-Presidente da Comissão Estadual de Folclore, Carmen Lúcia Omena Barbosa
(Na 1ª foto está com Edite Vasconcelos em uma das visitas à Chã-Preta na orientação ao Ponto de Cultura local, na 2ª foto com o Núcleo de Artesanato da ASCUMPET). Sem ela a ASCUMPET não teria existido.
A Nossa Eterna Gratidão.
Voz da Serra Nº 04 de 16 de outubro de 1953
COLUNA MINHA COLABORAÇÃO DE PEDRO TEIXEIRA EM O VOZ DA SERRA